sexta-feira, 5 de março de 2010

FRANÇA - PROVENCE

AUX-EN-PROVENCE




























Aux-en-Provence é uma cidade pequena, e foi a capital dos duques e barões do condado da Provence, no século 12. Recebeu estudantes com a chegada da universidade, no século 15. Foi lá que Paul Cézanne nasceu, em 1839, e pintou as 87 versões de sua Montagne Sainte-Victoire. Hoje, Aix-en-Provence é uma cidade de elegância aristocrática, de passado preservado, mas também moderna e evidentemente agitada - os universitários lotam seus cafés de segunda a segunda.
Um circuito citadino, marcado por “ As principais atrações de Cézanne ”, que irá levá-lo à descoberta dos locais onde Cézanne deixou uma marca da sua passagem (café "2 Garçons", colégio Mignet , universidades, igrejas...) para visitantes individuais ou grupos.

AVIGNON


 






















Opera de Avignon

 






















Era o início do século 14 e a situação dos papas da Igreja Católica perante as famílias da nobreza romana andava preta. Em Roma, eles estavam, como se diz, abaixo do cocô do cavalo do bandido, numa corda-bamba política marcada por desavenças seculares. Nesse ínterim, dizem que o Rei Filipe IV da França conseguiu eleger um papa francês – Clemente V, em 1305 – e tentou convencê-lo a levar a sede da Santa Sé para Avignon. Lá seriam menos importunados e teriam tudo o que mereciam (esse argumento aqui é licença poética minha, tá?).
E não é que rolou isso mesmo? Os papas de Avignon foram sete, em quase setenta anos (1309-1377), todos franceses. Bento XII construiu o Palais em menos de 20 anos, e Clemente VI continuou, transformando a cidade num canteiro de obras. A população passou de 5 para 40 mil habitantes e a economia se desenvolveu horrores. Dizem até que havia grande liberdade na época - os papas se preocupavam mais em aumentar seus aposentos e enriquecê-los com os afrescos do italiano Matteo Giovannetti do que em meter o bedelho na vida privada dos fiéis. O poeta Petrarca, por exemplo, se exilou ali. E havia espaço até para a convivência harmoniosa de uma comunidade judaica.
Pois bem. Antes de ir ao Palais des Papes, leia esse parágrafo de novo. É bom estar com toda essa história fresquinha na memória, porque ao visitar o palácio hoje não se vê muita mobília, adorno ou ambientação nos mais de 20 salões abertos. É preciso imaginar. Conta-se que as salas foram saqueadas de suas obras de arte e tesouros durante séculos. O que ainda se vê são as paredes ricamente pintadas no quarto do papa, a cozinha com uma chaminé comprida, o terraço lá em cima com vista para o Rhône. Há algumas exposições e concertos rolando no verão .

Para fechar essa volta ao passado, recomendo atravessar a ponte que sai de perto da entrada do Palais (foto no meio) e ir aguardar o pôr-do-sol no meio do Rhône. 
A Ponte de Avignon também conhecida pelo nome de Ponte Saint Benezet edificada no século 12 foi danificada várias vezes pelas cheias do rio Rhône. O Rhône ramifica num largo delta quando se aproxima do Mediterraneo. Pouco antes de alcançar seu delta, o rio flui após a cidade de Avignon. Há uma moderna ponte sobre o Rhone em Avignon hoje, mas as ruínas da ponte que deu seu nome à canção "Na Ponte em Avignon" podem ainda ser vistas.

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